Nu, ali ao lado,
Só o sabugueiro ondulava
Príncipe encantado
No rio se banhava
Naquela torre ela esperava
Visita de quem amava
Fechada na torre agonizava
A saudade escrupulosa enganava
As noites claras de Agosto
Estampavam o reflexo do desgosto
Nem sombra de esperança ou ideia
Estimularam sua ceia
Seu peito estremecia na ardência
Dos desejos, vozes do divino
Entre preces e carícias de menino
Ao longe, os sinos badalavam
Tão perto, ele e ela estavam
O sabugueiro vestiu-se de branco
O rio tornou-se vale de lágrimas
O príncipe endoidado nas chamas
Nus ficaram os apaixonados!
Ofélia Cabaço 2013-06-05
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