Na desenvoltura de suas asinhas
Assalta-me com voos e ideias
Que elevam pensamentos e pedrinhas
Branca é sempre aquela borboleta
Num rodopio talentoso me fascina
Traz-me mensagens d´além, poeta
Aquieta meus tormentos de menina
Brincalhona a borboleta branca
Saltita de flor em flor em alegre dança
Orquestra melodia no meu ouvido
Subtilmente poisa na minha anca
Assim quieta, repousa em olvido
Na quietude das eiras, poetiza a bonança
Cicio resposta na sua asa
Levada a cabo até ao firmamento
“Diz-lhe borboleta branca,que estou em casa”
Que honro saudosa, seus ensinamentos
Oiço risinhos de contentamento
No ar aromas de tais flores
Cenas de amores, aninhamentos
Saudados na alvura da borboleta
Tão igual à espuma dos mares
“Diz borboleta ao poeta!
Que vivo momentos avessos!”
Assim quietas, na harmonia da natureza
Conversamos os vivos e os mortos
Ébrias de sonhos e voos na beleza
Saudamos o universo com risos e saltos
Borboleta branca fica comigo, de menina
Até ao tecido seco descolorido, fica!
Fêmea criadora de luz divina
Com sepultura no meu livro de pelica.
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