Os artistas não se entendem, confundem a realidade das coisas com as coisas da realidade, amam o silêncio das vozes e querem o barulho da alma. Choram sem querer, o bem querer anseiam. Conversam com o Sol e poetizam com a Lua. Pintam paisagens cinzentas com cores da esperança. Reivindicam a angústia quando ela foge, amam um só corpo natural, veemente de prazeres e do nada! São felizes na sua tristeza, na felicidade, estranhos!
Sabem dos sons para além do firmamento e voam e voam e voam como pássaros feridos.
No universo escrevem, pintam, moldam, representam o que não são, mas são em toda a parte.
Os artistas vivem bebendo cálices de inspirações sublimes, respiram o que não existe, adormecem de cansaço para além do infinito! Artistas, sombras de sons e dons, possuidores de fantasias na realidade imutável.
Ofélia Cabaço 2013-05-31
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