Nasceu o poeta Pessoa
Festas, casamentos e património
São o que Deus abençoa
Pessoa arrevesso ao casamento
Amou Ofélinha em pensamento
Santo António com astúcia, apadrinhou
Na escrita, o poeta sonhou
No berço, Fernando resmungou
Foram os sinos do Chiado, acordou
Na cómoda Santo António sorriu
Seu menino bochechudo mentiu
Fernando António não casará,
Escreverá para além dos sentidos
Livros e confusões deixará
Em todo o mundo discutidos.~
Não subirá aos altares clérigos
Voará antes, na utopia dos sonhos
Pessoa, escreverá desapegos
Na imaginação fingida dos ninhos.
Santo António e Pessoa vultos nas noites
Ambos felizes, saudaram com vinho
Pessoa alegre, ébrio de inspiração,
Santo António com cheiro a manjericão
Sem comentários:
Enviar um comentário