Soberbo de bosques encantados
Orlados de bons incensos
Que nunca viram a luz do dia
Flutua, desprovido de rochedos
Ondas flamejadas d´oiro, tardias
Metamorfoseando as águas profundas
Numa rima infinita de cores prateadas
O mar doce onde poisam gigantes!
Nos horizontes de tintas rosáceas
Para além dos portões rangentes
Este mar atlântico que prefiro
Povoado de cavalos- marinhos,
O mar azul, vestido de verde
Em noites de prodígio, um suspiro
Entre algas, medusas e cravinhos
Carregado de preguiça, o mar perde
O fundo povoado de escarlate, sangue
Dos que navegaram e ficaram
Sussurro na divagação das ilhas
Esmeraldas em colcha de lentilhas
O mar que eu amo e não sei,
Com vagas de anseio e dor
São as águas de minha vida
Vozes das poesias que deitei
Passado de caravelas idas
O mar que me acordava agitado
Com invenções de sonhos a desoras
Nas manhãs frias com honras,
Ensinou-me as suas caminhadas!
Sem comentários:
Enviar um comentário