Cenas, com capas da desgraça
Outras, plenas de êxtase e cores
Acontecem vezes sem conta
Quisera ser real a pujança
Fingida sempre a mordaça
Morre o ator, renasce, proclama
Ama, bajula, mata e ri
Grita, fala poesia e chora
È personagem na empírica chama
Bobo, Príncipe, Rei e mulher
Na estrada marca a hora!
O relógio da vida não para,
Há pouco era Rei, agora vagabundo!
Ator figura de encanto e mágoa
Aristocrata de sonhos e quimeras
Vagueia por palcos de Lisboa a Goa
Finge ser fidalgo de outras eras
Muitas vezes de velhinho, a velhice!
Agora vagabundo!
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