Areja meus tristes pensamentos
Deixa-me na pureza do amanhecer
Ajuda-me a viver na doçura repousante
Dum laranjal doirado, perdido na pradaria
Vai vento, desfolha pétala a pétala aquelas(…)
As silvas que semeiam medos no meu quintal
Traz-me novas de um amor de cristal
Dias apaixonantes de fulgor e ardor
Feridas saradas sob ramos de ciprestes
Águas cristalinas com cheiros de magnólias
As jarras da minha cómoda com azálias
Choram o deserto de florestas derrocadas
Leva-me vento para terras inocentes
Faz de mim um lago encantado, bebe-me!
Um corredor de silêncio comovedor
Assobia a tranquilidade do meu desejo
Lava Oh vento, minha alma nas marés
Um corpo de sereia, aroma d`algas
Um rumorejar com vestígios de pés
E, uma lágrima silenciosa e fria
Sobe aos céus na fragilidade da alegria!
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