sábado, 11 de maio de 2013

Demência

Camilo viu a bruxa, escreveu!
Córdova com subtis primaveras
Não havia moinhos de vento,
Apenas caminhos!
A mulher que fora amada
Que amou fervorosamente
Um filho na mente,
O Amor!
Vagueava por carreiros e aldeias
A bruxa! Fechavam-se as portas,
Nas janelinhas, luzes ténues, olhos!
Silêncio medroso naquele tempo,
Na rocha lá no alto, giestas secas,
Pergaminho enrugado dum passado
O Amor!
Ao alvor, a bruxa chorava, gemia!
Um bebé embalava, junto ao peito,
A bruxa! (….)
A mulher que amou e encantava
Um herói da Pátria, esfumado!
Santuário do amor e lealdade,
O coração transparente da essência!
Volátil como o voo das aves,
Monges facciosos, cruéis!
Campos desertos de tudo, pedras!
Um gládio profícuo, Vidas!

 Ofélia Cabaço  2013-05-11

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