Descalça e vestida de organsim
Reza aos deuses p´ra bem dela
Antero, personagem do seu jardim
Observa de soslaio a melancolia
Peregrino do seu amor, lia
Numa serenidade etérea!
Ela, enfrenta o desassossego
Alma danada, teimosa, impiedosa!
Aclara a memória danosa,
Mais uma vez a persegue e divaga
Na solidão da sua existência,
Prantos num sopro de clemência
A ave que sobrevoa feroz vaga,
Ao longe o mar ciciando ralhos
Náufragos de sonhos grisalhos
Regressam para as tardes de oiro
A terra,
Com reflexos dos cabelos de tágides
A faia chora seus frutos miudinhos,
Rumoreja pios de prezados ninhos
Ela pergunta: como te chamas?
Pesar- responde- somos companheiras!
Lamentos!
Porque me torturas? Silêncio e desalento!
A faia enfeitou seu vestido de organsim
Sem comentários:
Enviar um comentário