domingo, 5 de maio de 2013

A AMA

As mães que não são, mas criam
Que amam o abandonado, o órfão
Têm abrigo protetor no coração
Espaço para amor e ralhos
Um altar bendito, iluminado
Com berço para os que ficam
Pão e água com amor repartido
Sorrisos que escondem o “angustiado”!
Mãos grandes, que afagam, tocam!
Não existem pensamentos de ida
Olhares condoídos (…) fica!
Noites de tempestades, aconchego,
Febres e arrepios agasalhados
Beijos, lágrimas de contentamento
Êxitos inesperados, coragem
Os filhos, homens com dignidade

Preces!
Felizes, irremediavelmente Filhos!
Rumo aos caminhos da vida, liberdade
Conselhos, reprimendas à mistura,
Saudades do bebé, tortura!
Mães que não são, mas foram!
Presentes nos labirintos, as mães!
Com vassoura afastam agoiros,
Têm garras de leoa, ninhos intocáveis,
As mães que não são, mas criam,
Bendita seja a Mãe que criou!

 
Ofélia Cabaço  2013-05-05
 

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