quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os Salgueiros

Nas margens de um calmo rio
Clamam salgueiros vaidosos
Seus galhos estendem-se desejosos
De um amor tecido sem fios

Flores brancas de neves alvas
Espalham-se como hóstias nas águas
A lua ciumenta, denuncia paixões babosas
E lá longe, Deus abençoa almas.

As heras vestem troncos centenários
Com tecidos de crisálidas gélidas
Umas vezes, de verdes  matizados
Outras vezes, brancas como noivas,

Nas manhãs bucólicas surgem as brumas
Num abraço etéreo envolvem os salgueiros
A paisagem cinzenta acalenta choros
Ouvem-se as águas num pranto de traumas.

 Ofélia Cabaço 2013 -01-22

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário