As tardes exultam cios e afagos de calor
Na obscuridade das noites, gemem as almas suas penas
Nas planícies abrasadoras espreita a seca incolor
As oliveiras escondem
suas filhas
Tentando enganar
tiranos com proteçãoRumorejando gritos de longínquas ilhas
Onde um gigante se transforma em papão
Ao longe, ouvem-se desabafos e iras
Curvados, os espectros rebuscam condição
Dinossauros que vomitam raiva
Gesticulam agressivos, e calam a Iva
Azinheiras acenam a longos prados
No escuro da noite cantam as cigarras
Uma enodoação vocifera sucessivos ralhos
As almas, uma por uma sacham o seu lote
Os sonhos daquela gente
eram nevoeiros
Cidades visitadas por
fantasmas de oleirosBarro seco e árido, moldado por carniceiros
Bobos e palácios sem reis
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