Desde
tenra idade,
Sabia
que a meu lado estava Deus
Era o
Deus desconhecido, poderosa Entidade
Que fazia
milagres e me dizia adeus,
Que
morava para além do infinito…
Desconhecido,
porque o infinito nunca seria finito
E, Ele
não aparecia para transformar o degrau maior
Numa casinha
com roupas e bonecas;
Na
quintinha da bisavó eu colhia malvas
Para o
chá do nosso lanche com pão
E araçais…
p´ra Ele e p´ra mim,
Flores
muitas… eu colhia no jardim,
Com
elas fazia uma colorida coroa
Esperava-O
com desejo e sonhos
Quimera
que se alongava dia adentro
Imutável…e
eu, calada e sonhadora
Como
eu sabia querer,
Para depois
aprender a crer, quando
Um dia
me disseram que os Poetas são loucos!
(imaginação
não é, não se realiza… diziam),
Hoje,
eu sei que a minh´alma Dele provém
Porque
eu sou poeta e não me importo de ser louca!
Quando
entardecia, recolhia o maior banquete
Arrumava
a mantilha nova da avó que fora saia
E enfeitava
o degrau maior,
Com a
minha boneca sentada, à Sua espera…
Ofélia
Cabaço
2015-03-09
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