quinta-feira, 23 de abril de 2015

Na Varanda Daquela casa

Na varanda daquela casa poetizei
Sentimentos, ardores e compaixão
Sorvi estesias e amores imaginei,
Minh´alma tomou águas de paixão
Para meus olhos choro brotarem
Na alma não se vêm as lágrimas
Como o fundo do rio não se vê à tona

Fluem suas águas transparentes, movidas
Como os astros no Universo em harmonia
Minha boca dorida disfarça a tristeza
Com sorrisos e aromas primaveris
Em mim há um pedúnculo de flor, alteza
Atormentada…floresce enganos pueris
Dizimando o mundo de minhas esperanças
Sonhos de fadas e deusas inexistentes
Laboram minha verve ascendente
Com raios estouvados da lua vaporosa
Cobrem-me com imenso manto estrelado
Minha vontade anseia voar a seu lado
Silenciosa, numa tarde de carícias vaporosas
No firmamento rosáceo em fuga gloriosa

Sentir beijos de perfumes e encantos
Que me embriaguem daqui às montanhas
Cheiros de alecrim e floridos rosmaninhos
Soprarão os ventos para mim, extasiados…

E a Natureza refulgente,
Alegria minha que se impõe desmaiada
Sobre a agonia implacável da minha mente
Soberbos roseirais e ilhas fantásticas
De mim, som de mar e personagem
Duma fugaz ilusão de voo…



Ofélia Cabaço
2015-04-23





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