segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fim de Tarde

Oh! Sol doirado, porque me torturas?
Não despedaces minha alma à despedida
Nesta tarde sensual e duradoura
Não me deixes de  amor despida

Pede à Lua que me traga noite cálida
P´ra receber inspiração e poetas
Não quero ser uma infeliz crisálida
Antes, vestir-me do escuro das violetas

Ah! Sol, em cada manhã que apareces
Emerges da terra profundos lírios
Submetes os corações às preces
No desejo de aventuras e mistérios

Fico quieta recebendo tuas carícias
Imagino uma casinha na floresta
Janelinha e vasos plantados com zínias
Dela vislumbro prados com giestas

No meu coração enternecido, tu, Élio
Vibras meus sentidos desmaiados,
Na eloquência forte de periélio
Magoas meus olhos entristecidos

 
Ofélia Cabaço   2013-04-15

 

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