quinta-feira, 4 de abril de 2013

Bebé

Bebé de doce rostinho
Fisionomia de anjo,
Faces como cerejinhas serôdias
Riso dobrado no meu colinho,
Suas mãozinhas a tocar alegrias
Criança inocente, toda pureza
Quisera assim, tê-la segura
Sob o meu abraço de boa moura
Quem dera ser mãe de muitas,
Protegê-las, ser leoa nas florestas
Brigar com os lobos e ficar atenta
Vigiar seu sono numa paz sedenta,
Ah! como eu desejo crianças felizes!
Extinguir guerras cruéis,
Sossegar minha alma sem deslizes
Caminhar no desencontro de cascavéis
Rodeada de mil e uma crianças,
Erguer paraísos, escolas e alianças.
Contar estórias de fadas e neblinas
Vestir-me de palhaço, fazer rir as sinas
Inventar algodão doce, pipocas e framboesas
Carroceis girando as nuvens com surpresas
Parar enfim, na felicidade de príncipes e princesas.

 
Ofélia Cabaço 2013-03-31

 

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