Um aconchego carinhoso
Dum ser humano bondoso
Longo, forte como o aço
Fico quieta, de olhos fechados
Finjo ser novamente criança
Palmilho as memórias do passado
Visualizo romeiros com crença
Pinto um quadro com seara amarela
Sonho viver na paisagem da pintura
A pastora guarda seu rebanho de aguarela
Veste saiote rodado e blusa de alvura
Continuo no piedoso aconchego
Invento uma cesta de amores-perfeitos
Caminho pelas canadas do desenho, chego!
Todos dormem, palhaços de palha feitos
Receosa, refugio-me no abraço
Melhor imaginar guloseimas
Rebuçados e bolo de melaço
Inventar momentos sem teimas
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