segunda-feira, 29 de abril de 2013

Alegria sem Paz

Num caminho ermo, encontrei a Alegria,
Estava triste, cogitava a vida
Incrédula, evoquei admiração
Como poderia a Alegria ficar assim?
Descalça, desalinhada, estava fria
Ela magicava tortuosos pensamentos
Pálida, a Alegria dispersou tormentos
Procurava a Paz numa razão consinta,
Convidou-a regressar aonde pertencia
Teimosa, a Paz volveu desanimo,
Fugidia, desiludida e baça, cedeu,
Numa trama de teias metediças
Recolheu-se nas asas ensanguentadas
Caídas por uma avalanche ignominiosa
Foi timidamente lutar em terras áridas
Como vela de barquinho na noite escura
Então, a Alegria com olhar vácuo
Pasmava na esperança do impossível
Com gestos que interrogam, parou,
Sentou-se à beira do caminho e chorou!

 
Ofélia Cabaço 2013-04-29

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