Depois, pensamos e sentimos, que
aqueles momentos ficam com a porta entreaberta, muito quietos naquele sítio, à
espera..... a porta continua semiaberta, de quando em vez, todos aqueles
personagens espreitam, continuam à espera sem nunca se deixarem adormecer.
Entretanto, imaginam outros
mundos, outras personagens, outros sentimentos, mas nada resulta porque alguém
é ninguém......
Mas, se pensarmos que o
pensamento é a forma de pensar para pensarmos algo, que nos inquieta e
hipocritamente nos facilita o imaginário para logo a seguir nos tornar num só
pensamento, egoisticamente negativo e desprovido de todos os primeiros
pensamentos.
Não, não quero sentir isto, afinal,
vale a pena pensar! É o pensamento que nos atos que se seguem nos fazem felizes
ou infelizes, que nos ajudam a crescer, que nos fazem perceber que, apesar de
tudo, vale a pena viver.
A vida passa por ser, um empréstimo
que nos concederam, para saborearmos tudo o que nela contém, até que, aquela
personagem, escura ou talvez não, dependendo do ânimo ou desânimo no momento, a
morte, nos convida a um longo passeio sem regresso.
Ela, penso, vai abeirar-se de
nós com um sorriso malicioso, com uma fingida leveza de espirito, para lhe
darmos a mão sem nenhuma trégua.
Nada de surpreendente,
pensamos nós, talvez, na minha caminhada pela vida, encontrei muitas mortes,
escuras ou talvez não......
Ofélia
Cabaço, 29 de Maio de 2011
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