Ninguém
por mim chama,
A casa
vazia de cores e flores, solitária,
E os
sentidos em conversa écloga
Bosques
sombrios e vegetação multíplice
Aonde o
Sol não entra, cúmplice...
Somem-se
no mar como quem dialoga,
Saudade,
sussurros ao meu ouvido
e tu,
com meiguice de menino
me
afagas os cabelos, em pequenino
Os teus
mimos amorosos, como botões a florir
Indeléveis...
Tanto
me beijavas, agradecido;
Tão
belo é ouvir conversas do mar,
No
silêncio do Sol-poente e amar
O vento
que te traz em barco à vela
P´ro
meu regaço molhado de ti, tutela
infinita,
asas agitadas nos roçam a fronte...
E os
afetos que o vento rejeita e o mar aceita
na
melancolia dos nossos dias...defronte,
O mar
que me ensinou pensar e amar
Talvez
me chame e me confronte...
Ofélia
Cabaço
2016-03-14
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