Libertei
de mim o “eu”
Meu
corpo levou-o a passear,
Dispensei
tudo o que era meu
bati o
portão, e a ilusão
d´um
jardim com lagos e cisnes
se
apresentou como ânsia de eclosão...
Ninguém
escutou o “eu” de mim
Ouvi,
serena, o grasnar dos gansos
que
afinal não eram cisnes...
e o
lago espelhou as vestes das árvores
Um
derramar d´agonia...
Nas
águas quietas o choro do meu “eu”
e a
mudez do meu corpo em sintonia,
Numa
breve homenagem à vida
Que me
traz assim perdida...
Uma
ponte sobre as águas pendida,
E
pombas brancas voam em direção ao céu
porque
o céu é céu,
E a
Felicidade difícil de apanhar, existe
Para
além escondida, não nos assiste!
Ofélia
Cabaço
2016-03-30
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