quinta-feira, 17 de março de 2016

Brisa Morna

Da brisa morna saudade sinto na minha face
Espero a primavera que o Sol desperte
Dos seus raios anseio os dias e as horas
Oiço as aves no silvado em busca d´amoras
Os tons são de brisa fria, me adverte
O coração e o desejo...
Ah! quem me dera os prados do Alentejo
Coroados de camomila e poejos,
Oliveiras e botões em flor à espreita,
Do casario e alvo algodão, medita...
Searas doutros tempos doiradas já não são,
Povoadas são as planícies de silêncio e desilusão;
Alentejo, pomarejo com frutos da minha ilha,
Em ti bebo fulgor e festejo minha centelha
Que há-de o Sol e a morna brisa embalar.

Ofélia Cabaço

2016-03-16


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