Nasceu o grande poeta Quental
A joia da poesia com cabelos cor de mel
Olhar profundo como o mar, neura fatal!
Canto, Teófilo, Natália e demais
Com valentia afugentaram demónios
Alargaram horizontes e pintaram vitrais
Quental deixou-nos delícias
Poesia e amores sem malícias
Teófilo, honras de presidente
Canto, voluntarioso, plantou semente
Quental foi doce amigo, mente divina
Sobre sua alma passeava a neurose
Arrumou no coração a sua bela Rose
Cultivou sofrimento na dor materna
Escondem-se piratas perdidos
Em moradia de saudade aguda
Jazem glórias de anseios límpidos
Canto e Borges nos jardins adormeceram
Ao som de nascentes, colhem açucenas
Assopros de sementes caídas
Sonhos desfeitos, filhos nasceram,
Surgiram palcos com outras cenas
Albergue de velha franqueza
Enfrentou mares com tempestades
Aquietou vulcões e recebeu majestades
Enxotou piratas duvidosos
Salvou barcas abandonadas
Agasalhou frades piedosos
Desbravou rochas desprezadas
Envolvida num manto de bruma
Descansa numa paz maravilha
Soberba por ser uma dama.
Ofélia Cabaço 2013-02-08
Sem comentários:
Enviar um comentário