Quente
e luminoso eis o verão
No
tempo do seu Tempo, em vão
Teimosa
a chuva persistente, tente
Alvas
nuvens e o firmamento brilhante,
Sumptuoso
o verão, vestiu-se d´oiro...
O Sol
abriu botões e as rosas emergem
No
orvalho das manhãs dormem, consolo
Que
esquece picos, sede e dolo .…
Os
pomares d´abundância florescem
Cerejas
e alperces em viva prece ruborescem
E o
desenvolto natural reina nos demais,
O
silêncio invade montanhas e vales
Uma
quietude...
Como o
suspiro da leoa saciada, pindárica ode,
Contemplação
divina sobre matéria impura, miragem
Que nos
roça à vertigem...
Instante
dizível do quanto vales …
Cordão
umbilical que abraça o Universo
Enquanto
o verão aventureiro filosofa em verso,
Sumptuoso,
o verão vestiu-se d´oiro...
Ofélia
Cabaço
2016-06-22
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