Não é
a melancolia que me toma
Sou eu
que a procuro, retoma
A
languidez, a dor que me abate
Como
gota teimosa que na pedra bate
Poetizo
a forma que o pensamento
Obriga,
remendar o tormento até
Que a
dor da Dor me leve a descansar
Para um
lugar que desconheço, pensar
Que sou
água, terra e abismo
Há
séculos que sou um inalterável sismo
Olvido
corpo que mal conheço...
Mistério
existe, esfumado e indizível
Que me
aborda, subtil e inflexível,
A Voz
que me ordena desde o começo
É um
clarim exausto, rouco da Dor...
Em nada
reparador,
Oh!
realidade intrépida, mentira
Que
para além de tudo, tudo me tira (…)
Ofélia
Cabaço
2016-06-19
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