Sento-me,
Sob a
grande tília odorante
Sinto o
silêncio, o das verdes florestas
Aonde
muitas vezes deambulo hesitante;
Hoje,
sento-me e em ti penso!
Teu
corpo apolíneo na árvore apenso,
Queria
tocar-te,
Não
consigo lá chegar, força hercúlea
Dum
reflexo etéreo me impede, oiço
O vazio
dos jardins,
De
folhas e ramagens, nosso berço
Esquecido,
sem uma única orquídea;
Queria
tocar-te,
Beijar
a tua boca e abraçar-te,
Uma
névoa densa, neblina
Que faz
chorar meu sonho
Surge
como vaga cristalina
Embaciando
meu desejo, ninho
Desfeito
de ventura e Amor...
Resta-me
o gorjeio das aves, trinado
que
rompe a escuridão e alumia o ser amado.
Ofélia
Cabaço
2016-06-20
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