O
destino malfadado
Sem
que eu pedisse me foi dado,
Em
mim, abundam noites ansiosas
Que nem
minhas ilusões consentem
Oh, Ventura
porque foge dos que sentem?
Passeiam
viajantes d´alma gelada
Vestidos
de brocado e cetim
Aparências
falseadas de mim
Escarnecem
meus sonhos e quimeras
E,
também sonham loucos amores!
Anseiam
flor que dê fruto, primaveras,
Outonos
generosos, com sabores e odores
Olhares
com desdém – dor igual,-
Sentir
atormentado tal e qual
Porque
a pureza do sentir não é querer
E
crer, é ser-se com o dom que se nasce
Com
petróleo a candeia ilumina
Minha
alma poesia germina,
Querendo,
vou para muitos sítios…
Serei
viajante buscando outro caminho,
Calcorrear
montanhas, eu vou,
Coroa
de margaridas e vestido de arminho
Serão
apenas minha indumentária
Viverei
numa nuvem prismática, nobilíssima,
De
onde apenas avistarei casinhas
Que mal
se lobrigam de tão pequenas…
Voarei
e sobrevoarei até perder o tino…
Ofélia
Cabaço
2014-12-18
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