quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Flor na Charneca
Viveu angústias, medos e ânsias
Chorou, conversou a charneca e sua Alma
Poetizou as noites, o desassossego dos dias
Foi por inteiro Alma, Florbela D´Alma
Amou sem saber quanto, viveu e sofreu
Apeles, afago de seus prantos
Apaziguou suas dores e tormentos
O amor!
Planícies de restolho, poejos, aves e cantos
Foram águas vivas na sua imensa sede,
O sussurro dos seus desejos, lamentos!
Espanca, seus caminhos e desalentos (..)
Hoje, gloriosa e importante,
Ontem, esquecida e distante
O Tejo!
Rio de Lisboa, sepultura de Apeles
O firmamento, amigo e confidente
Onde estará? Talvez sentado nas nuvens
Ciciava : - porque, meu irmão, não vens?
Amor irreverente, afetos, joia deles!
No ar,
Asas platinadas, destroçaram corações,
Levou-os a morte numa onda de emoções
Deu-se o reencontro, brancas borboletas,
Nos céus poesias, águas soltas!
Um choro!
A charneca órfã ……e a flor, morreu!
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