segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Horas Duvidosas

Sonhos inacabados

São instantes levados…

 Porque sonhar ocupa lugar


Num lugar que não tem espaço,

 Os sonhos com asas transparentes


Personificam desejos de vã fecundidade

Realidades perfidamente descrentes

 Que fazem doer as almas dos mortais


Como quando o véu da noite desce

Denso e lento dos astros imortais

E lubricamente se alastra e cresce…


 Os sonhos poisam de leve nos poetas

Inexoráveis, deixam apenas borbotões

Ficção que nos mente eternamente

E nos afasta tristemente das ilusões

 Ofélia Cabaço


2014-12-08




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