terça-feira, 24 de maio de 2011

TARDE DE VERÃO

numa alameda de terra batida,
alguém caminha lentamente.........
é uma bela tarde de estação quente,
com um cenário opulento,veemente
 de uma vegetação de cores fantásticas,
o verde dos pastos, dos milheirais fogosos,
das sebes bordadas com camélias vermelhas,
mais além, os linhares impoem-se sumptuosos
naquela paisagem tão majestosa, com velhas
e gigantes arvores vestidas  com amarelas mimosas.
é uma tarde visitada por mil abelhas
 envoltas de uma natureza poéticamente teimosa,
a preguiça instala-se sorrateiramente,
revelando e oferecendo uma sonolência.
o cheiro das várias plantas, presenteiramente
enternecem a alma de qualquer mortal,
os pássaros, àquela hora da tarde,
esvoaçam de mansinho, por excelência.
O silêncio obedece humildemente ao pensar,
e à inquietação de uma alma  exangue
e, deixa-a sonhar, sorrir, a  imaginar-se
 num mistico de amor e merengue.

as searas doiradas têm sede,
ficam quietas na quietude, atentas ao barulho,
ssssssssssssssssss.... são os regatos a sussurar,
correm as águas reluzentes e cristalinas
                                                entre as eiras.......

lá longe, muito longe, um cão ladra,
mais nada se ouve, não há ninguém!
ninguém escuta, ninguém oferece um orvalho,
Tudo tem sede....... mas, não há cântaro!


Ofélia cabaço 04-Fevereiro 2009

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