terça-feira, 7 de junho de 2011

HÁ DIAS

hoje acordei sobressaltada. Comecei o dia ansiosa e até muito péssimista. Então, tentei pensar no que poderia inquietar-me daquela forma. De repente,  dei um abanão a todas as idéias negativas que iniciaram o meu dia a aborrecer-me e a tornar-me inconsequente e angustiada.
Fiz uma análise à minha vida, ao que gosto de fazer. Pensei nas pessoas que amo e em especial naquelas que me amam. Pensei no meu filho e em todas as coisas boas passadas connosco durante a sua infância e adolescência. Comecei a sorrir....nada mau! Pensei nas refeições saborosas que gosto de preparar para a minha familia e amigos.Pensei nos Açores e nas pessoas que lá vivem que fazem parte de mim própria. Pensei no mar tão azul de S.Miguel,no amanhecer, no pôr-de sol, nas azálias, nas hortenses. Até lembrei aquela véspera de Natal que juntamente com os meus primos e amigos fomos às sete-cidades apanhar verduras para as jarras e para o presépio. Conseguimos, com muita sorte, vislumbrar a Lua refletida na lagoa azul, ficamos extasiados num silêncio absoluto, como que, a memorizar tão belo espectáculo, e, eu, fiquei tão comovida, para gozo saudavel dos meus amigos nos dias que se seguiram. Continuando nos meus pensamentos, imaginei-me a passear no Pinhal da Paz e por conseguinte a albergar um pouco daquele silêncio e daquela paz, no meu coração.
Pensei na minha escola e do quanto lá fui feliz....
Mais tranquila, tomei banho, fiz o pequeno almoço, como sempre,. Na cozinha, o Sol brincava comigo, ora aparecia, ora desaparecia. O Sol Iluminou os bules que estão perfilados na prateleira de vidro e sorridente apresentou-me o pó. Fui tratar da minha Piruças. No quintal duas borboletas multicores  também tomavam o pequeno almoço, redopiavam prezenteiramente em volta dos malmequeres e dos ciclames. Afinal o dia estava a ser uma festa. Que bom! Fiquei feliz.

Creio que não vivo constantemente saudosista, mas, as coisas boas da minha vida, as pessoas, os gestos, os amigos, a familia, quer no passado, quer no presente são de uma importância sem limites para mim. Muitas vezes dou comigo, a pensar comigo, se isso será saudável ou não! Isso agora não interessa, o certo é que eu sou assim e estou contente.

Ofélia Cabaço  2011-05-12

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