Com as mãos
remexi a terra
e nela semeei,
Com as mãos
erva daninha afugentei
Com as mãos
colhi flores na serra
Com os olhos
O Universo contemplei
Aprendi com os olhos
coisas aos molhos...
Com o coração amei,
O meu coração sentido,
chora e canta,
Surdos são meus ouvidos
ao trivial mundano, enquanto
os meus olhos minha face molham,
Guardei num abraço belos sonhos,
desejei ser eu a abraçada…,
Rubras são as rosas, análogas
ao sorriso dos meus amores,
Quando meu coração chora o adeus!
Sou ente animado, ás vezes desanimado,
Vislumbro a luz que ao meio dia
doira serras e colinas,
Sinto o correr das águas nos regatos
e o pio das aves pequeninas;
e o pio das aves pequeninas;
Oiço as cigarras e o seu canto ao meio
dia,
mágico altar, atapetado
de folhas e pequenos troncos,
Odores da brisa fresca,
ao nascer das madrugadas,
eu bebo, fascinada...
ao nascer das madrugadas,
eu bebo, fascinada...
Ofélia Cabaço
2016-09-17
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