quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Bendita Chuva

E o fogo escaldante
secou rostos e rosas,
No ar paira a fuligem, grotescamente!

O mal dissolve-se, coisa que não perdura,
a rodos cai chuva e brotam águas de cura,
viçosas, florescem as videiras,
despontam sobre pérgulas passíveis
em abraços entrelaçados por fios sensíveis, 

Contemplação e fascínio, encanto aos olhos,
dos telhados caem com gracejo véus de avenca,
reconciliando as primaveras com os invernos,
porque o  mal que não perdura,
se esconde a encoberto por nuvens
alvas com braços de algodão,
cabeleira matizada, olhos e ilusão,
a chuva bendita refresca emoções,
atenua o cinzento, bate com leveza,
e os botões se abrem às rosas.


Ofélia Cabaço
2016-09-15









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