E o
fogo escaldante
secou
rostos e rosas,
No ar
paira a fuligem, grotescamente!
O mal dissolve-se, coisa que não perdura,
a rodos
cai chuva e brotam águas de cura,
viçosas, florescem as videiras,
despontam sobre pérgulas passíveis
em abraços entrelaçados por fios sensíveis,
Contemplação
e fascínio, encanto aos olhos,
dos
telhados caem com gracejo véus de avenca,
reconciliando as primaveras com os invernos,
porque o mal
que não perdura,
se esconde a encoberto por nuvens
alvas
com braços de algodão,
cabeleira
matizada, olhos e ilusão,
a
chuva bendita refresca emoções,
atenua
o cinzento, bate com leveza,
e os botões se abrem às rosas.
Ofélia
Cabaço
2016-09-15
Sem comentários:
Enviar um comentário