O vale
enriquecido naquele dia
Manta
verde pintalgada, rosmaninho,
Amoras
e abrunhos, misto com deslumbre visto
A
pastorinha e sua melodia...
Que o
vento trazia para aquém de mansinho;
Nas
margens do rio cantava a pastorinha
Ternura
e esperança sobre aquele azuláceo manto
Era um
pequenino queixume, inibido pranto
D´alguém
que procura ventura na idade;
O oiro
que dura e não aquele que é vaidade
A
pastorinha canta e chama
O
fulgor e a nobreza da Humanidade,
Assim,
devagar, para que não se extinga a chama;
Em
vales e colinas é a pastorinha alcaide
E mais
o seu rebanho vive em abastança
Sua vida é a nevoenta realidade;
Canta a
pastorinha seus ais...
Vive em
harmonia com o que não conhece
Não
conhecendo, vive em jubilosa paz;
Ofélia
Cabaço
2016-09-27
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