terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Pastorinha,

O vale enriquecido naquele dia
Manta verde pintalgada, rosmaninho,
Amoras e abrunhos, misto com deslumbre visto
A pastorinha e sua melodia...
Que o vento trazia para aquém de mansinho;

Nas margens do rio cantava a pastorinha
Ternura e esperança sobre aquele azuláceo manto
Era um pequenino queixume, inibido pranto
D´alguém que procura ventura na idade;

O oiro que dura e não aquele que é vaidade
A pastorinha canta e chama
O fulgor e a nobreza da Humanidade,
Assim, devagar, para que não se extinga a chama;

Em vales e colinas é a pastorinha alcaide
E mais o seu rebanho vive em abastança
Sua vida é a nevoenta realidade;

Canta a pastorinha seus ais...
Vive em harmonia com o que não conhece
Não conhecendo, vive em jubilosa paz;


Ofélia Cabaço
2016-09-27





Sem comentários:

Enviar um comentário