Um
fusco fusco de sol, poetizava a mesa da sala
Caía
uma alegre e mansa chuva, o dia molhado e claro,
andorinhas
saltitavam de flor em flor no limoeiro, em ala,
voavam
batendo as asas freneticamente...
Natureza
estendeu mesa e preparo
Bebia o
meu quente e saboroso café
Estava
frio e eu vibrava realidade, serena,
minha´alma
rejubilava com fé,
Relia
Goethe, será que Fausto amou Margarida?
É
possível amar-se uma simples rapariga?
As
minhas interrogações...
Amo a
simplicidade e beleza naturais,
os
campos revestidos de margaridas, como tais,
Regeneram
e purificam as almas...
Fausto
desgraçou Margarida, dorida,
sofreu
o que Fausto ultrapassar não conseguiu,
Barreiras
e apostas malévolas,vividas
numa
paixão sexual,
na
busca do real conhecimento da vida;
A sua
dor Margarida cantou, textual;
1)
foi-se a minha paz
sofre
meu coração,
jamais
a encontrarei,
nunca
mais, não...
No
encantador cenário duma nobre natureza
que me
assaltou pela manhã morna,
contemplei
Criação,Dom e Beleza...
Fausto
ama o espírito criador do Universo
Tem fé
nas emoções humanas e na Natureza, e,
Diz:
2)
chama-lhe o que quiseres:
Felicidade,Coração!
Amor! Deus!
Eu
não tenho nome para tal!
É
tudo sentimento;
o
nome é um mero som e fumo
que
turba a luz celestial.
Continuo a minha leitura apreensível,
a orquestra
lá fora serenou e o sol não se
mostra...
Ofélia Cabaço
2016-01-17
1
e 2) – Goethe, in Fausto, p. 38
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