segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Emoções,

Um fusco fusco de sol, poetizava a mesa da sala
Caía uma alegre e mansa chuva, o dia molhado e claro,
andorinhas saltitavam de flor em flor no limoeiro, em ala,
voavam batendo as asas freneticamente...
Natureza estendeu mesa e preparo
Bebia o meu quente e saboroso café
Estava frio e eu vibrava realidade, serena,
minha´alma rejubilava com fé,

Relia Goethe, será que Fausto amou Margarida?
É possível amar-se uma simples rapariga?
As minhas interrogações...

Amo a simplicidade e beleza naturais,
os campos revestidos de margaridas, como tais,
Regeneram e purificam as almas...
Fausto desgraçou Margarida, dorida,
sofreu o que Fausto ultrapassar não conseguiu,
Barreiras e apostas malévolas,vividas
numa paixão sexual,
na busca do real conhecimento da vida;

A sua dor Margarida cantou, textual;
1) foi-se a minha paz
sofre meu coração,
jamais a encontrarei,
nunca mais, não...

No encantador cenário duma nobre natureza
que me assaltou pela manhã morna,
contemplei Criação,Dom e Beleza...

Fausto ama o espírito criador do Universo
Tem fé nas emoções humanas e na Natureza, e,
Diz:
2) chama-lhe o que quiseres:
Felicidade,Coração! Amor! Deus!
Eu não tenho nome para tal!
É tudo sentimento;
o nome é um mero som e fumo
que turba a luz celestial.

Continuo a minha leitura apreensível, a orquestra
lá fora serenou e o sol não se mostra...

Ofélia Cabaço
2016-01-17

1 e 2) – Goethe, in Fausto, p. 38








Sem comentários:

Enviar um comentário