Era uma
caixa muito frágil e graciosa
na
tampa, desenhada uma flor de amendoeira,
assim
era a minha caixa de madeira...
cofre
dos muitos beijos que inventei,
No ar,
a dançarem, mil bolas cor de rosa
luz
ténue no candeeiro, sapatos a estrear
inocente
romance a decorrer sem nada ocorrer
olhos
fechados, um sorriso e leve brisa
sobre
mim alva e sábia nuvem poisa,
a magia
da caixinha, mãos frias e lábios trémulos,
dos
meus segredos, dores e amores, foi túmulo
minhas
ilusões e puberdade nela pus
preguei
meus sonhos em fingida cruz
naquela
que era o convento da minha juventude,
na
solidão dos dias, vivi e amei em plenitude,
Era uma
caixa muito frágil e graciosa...
Ofélia
Cabaço
2016-01-16
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