Confio no que desconheço
Porque em ti que te conheço,
Confiar é uma desventura,
Abandonaste a verdade, assim
Como as tuas mentiras, enalteces...
É tão melhor viver um abstrato com asas
Mais e muito, do que o teu concreto irreal
Sem abraço e sem teto de ti, busco o inexorável
Trémula e indecisa é a tua existência
Fremida e cobarde é a tua ausência
Deixas p´lo caminho a consciência, e,
Cansada estou, desisto daquele apelo...
Como rosas volúveis é a tua vontade,
A minha saudade
Fala-me e sacode a minha dor
Intuo um fado deprimente
Caminho por meu pé sem ti,
Esquecer é o que ordena a minha mente,
Com uma voz que me perturba.
Ofélia Cabaço
2015-01-27
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