Enquanto foi possível ofertou amigos
Desprezou sentimentos,
talentos, condição
Prejudicou o “outro”,
magoou profundamente
Aparências falsas,
oportunismo absoluto
Mesa farta, matanças e
festas
O “outro” foi lembrança
de existência
Passaram os anos, a
idade avançou
A natureza das COISAS
foi surgindo
Doenças, que a todos
nós, visita
Desgostos imprevistos,
ingratidões!
O fausto e os amigos
amnésicos,
Passou a não haver mesa
farta, nem festas!
O porco não voltou a
ter o seu natal,
As matanças deram lugar
à dor
A casa, antes palácio
de degustes
Passou a ser cúmplice
das mágoas
Portadas podres,
reclamam toda a noite!
As telhas deixam
lágrimas no santuário
As paredes húmidas desgostam
olhares
Varandas enferrujadas
gemem ao vento
À mesa, lamentos e
arrependimentos
O esquecimento da
figura esfumada
É alentado, reaparece
no lago sem águas
Dará a sua mão e seu
coração
Passará a ser figura
sagrada (…)
Ajudará, com certeza!
No segredo dos deuses
as lembranças
A vida dará sucessivas
estórias
Inextricavelmente no
presente e no futuro
Tristemente!
Ofélia Cabaço
2013-04-13
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