Onde não abundavam raios solares
Foi colhida por mim,
Foi semeada dentro de mim (…)
Regada foi, pelo orvalho das madrugadas
E, nunca perdida por temporais avessos
Floresceu…
Despida de riquezas e manias
De generosidade foi abençoada
De nobreza se enfeitou,
Com virtudes se encantou
Com um abraço minha alma alevantou
Que, já trémula à morte se rebelou,
Num envoltório de ternura e confiança
A amizade no meu coração permanece;
Às vezes, devagarinho oiço-a suspirar
Mansamente, digo-lhe para respirar,
Ela sorri e com sua leveza
E beleza, brota sentimento,
Espírito iluminador, meu pensamento!
De mãos postas roga preces
Pede novas chuvas refrescantes
A amizade não vive de esperas,
Nem de ausências somenos
Vive saciada de grossas bátegas
De abanos vigorosos e verdadeiros!
Quando o Estio persiste, Ela defina às vezes,
No seco das faces e na frieza dos olhares,
Ela, a Amizade, precisa somente de Si!
Ofélia Cabaço
2014-06-23
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