segunda-feira, 16 de junho de 2014

Horizontes


Nasceu numa ilha, adiante e fora (…)
Ali, perto do mural da Urzelina
Palco de quimeras e metáforas
Pomares, caídas folhas e o mar imenso
 
Atriz, em palcos reais, ela e o mar
Ondas trémulas num queixume altar
O firmamento com estrelas cintilantes
O azuláceo horizonte a despedir-se (…)
 
Sua alma, fogo a arder sem se ver
Diz-me tu, Oh mar, quem sou eu?
 
Na praia deserta de areias pretas
Apenas sons peugadas e o vento
Enfurecido, respinga sal e areias
Com rosto de dama ressuscitada
 
Vai o horizonte e leva seus sonhos
Vem a noite que a afaga, sussurra
Mansamente o alvorecer, a madrugada
Alva como hóstia (…) um afago mais,
E o Sol resplandecente traz o horizonte!
 
Sua alma, fogo a arder sem se ver
Diz-me tu, Oh mar quem sou eu?
 
 
Ofélia cabaço
2014-06-16
 

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