quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Luar de Agosto

Naquele luar de Agosto
Nossas silhuetas no breu tremeram,
Durante um longo passeio, com gosto
Nossos desejos e ânsias, incendiaram!

Andamos por ruas estreitas do Egipto
Desenhamos deuses em nossas mentes,
Inventamos um feliz rapto,
Saltamos portões, destruímos redes,

Alcançamos uma liberdade platónica,
Abraçamo-nos, num pequeno instante,
Em silêncio, esperamos pela voz atómica
Nenhum outro momento foi tão importante!

Nossos olhares eram infinitos desejos,
Nossas almas, distintamente desiguais,
O nosso amor foram risos e beijos……
Sublime aquela noite de ais;

Naquele instante, amamos secularmente,
Saboreamos a baga da romã,
Rimo-nos, depois choramos desoladamente,
Despedimo-nos para sempre, em Amã.

 
Ofélia Cabaço 2013-02-13

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário