Das pessoas, de mim própria
Do quanto fui crédula, utópica,
Da imensidão de sonhos ingénuos,
De partilhas, sinceridade de palavras e ações,
Piedades até, esmagamento de seletividade
Descidas e subidas repentistas para ouvir o “outro”
O gozo do “outro”, a sua incompreensão
O seu abuso sistemático, as ingratidões,
Hoje eu rio, rio descontroladamente
Meço a minha gigante ingenuidade, sem medida,
Ecoo gargalhadas sonoras,
Queria nascer outra vez!
Ser outra pessoa, viver no verde bosque
Ensinar a macacos de Darwin, gratidão!
Brincar livremente com esquilos, brindar o Sol
Passear abraçada ao elefante grande
No fim de cada tarde, quero ajoelhar-me,
Olhar os céus e, feliz, dizer ao Deus:
Obrigada meu Senhor! Amo-te!
Ofélia Cabaço
2013-02-17
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