quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

HOJE

Hoje consigo rir, rir muito de tudo,
Das pessoas, de mim própria
Do quanto fui crédula, utópica,
Da imensidão de sonhos ingénuos,
De partilhas, sinceridade de palavras e ações,
Piedades até, esmagamento de seletividade
Descidas e subidas repentistas para ouvir o “outro”
O gozo do “outro”, a sua incompreensão
O seu abuso sistemático, as ingratidões,
Hoje eu rio, rio descontroladamente
Meço a minha gigante ingenuidade, sem medida,
Ecoo gargalhadas sonoras,
Queria nascer outra vez!
Ser outra pessoa, viver no verde bosque
Ensinar a macacos de Darwin, gratidão!
Brincar livremente com esquilos, brindar o Sol
Passear abraçada ao elefante grande
No fim de cada tarde, quero ajoelhar-me,
Olhar os céus e, feliz, dizer ao Deus:
Obrigada meu  Senhor! Amo-te!

Ofélia Cabaço 2013-02-17

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