Nasceu o grande poeta Quental
A joia da poesia com cabelos cor de mel
Olhar profundo como o mar, neura fatal!
Com valentia afugentaram demónios
Alargaram horizontes e pintaram vitrais
Quental deixou-nos delícias
Poesia e amores sem malícias
Teófilo, honras de presidente
Canto, voluntarioso, plantou semente
Quental foi doce amigo,
mente divina
Sobre sua alma passeava
a neuroseArrumou no coração a sua bela Rose
Cultivou sofrimento na dor materna
Nesta ilha de estranha voz
muda,
Escondem-se piratas
perdidosEm moradia de saudade aguda
Jazem glórias de anseios límpidos
Canto e Borges nos
jardins adormeceram
Ao som de nascentes,
colhem açucenasAssopros de sementes caídas
Sonhos desfeitos, filhos nasceram,
Surgiram palcos com outras cenas
Ilha de mística beleza
Albergue de velha
franquezaEnfrentou mares com tempestades
Aquietou vulcões e recebeu majestades
Agasalhou frades piedosos
Desbravou rochas desprezadas
Todas as noites a nossa
ilha
Envolvida num manto de
brumaDescansa numa paz maravilha
Soberba por ser uma dama.
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