Sinto o
que penso
E ao
pensar o que sinto
Torna-se
irredutível a minha dor
Como
posso negar solidão?
Como?
Se não sinto solução (…)
Ao
Espírito dos espíritos faço evocação
À
beira do abismo grito e não oiço eco
O
Silêncio que me desespera
Responde-me...,
com boca calada!
Balbucia
o meu infortúnio, tétrico,
A par
d´uma angústia alargada,
O brio
do que fui,
Esfuma-se
a cada instante,
E nos
que se seguem, deixo-me levar
Por
cima de mim mesma...
A minha
mão segura o impensável
Subo,
agarro, a fundo respiro,
E,
brandamente suspiro...
Dentre
tumultos e desespero tantos
Abomino
de quem não se sabe, impropério...
Quem me
dera ser planta ou erva
Viver
em absoluta liberdade,
Não
ter o riso amargo da serva
E
sentir que não é vã a minha existência...
Ofélia
Cabaço
2016-08-27
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