O
medo que me aperta,
Num
susto que me torna incerta,
Momento
brumoso, vácuo renovado
De
tristeza e lágrimas, choro cansado...
Impiedoso,
assim de repente,
Conduz
a razão e minha mente
O
medo, tenebroso e absurdo e escuro...
Que
me obriga encontrar o que não procuro,
Dentre
as coisas no tempo e no espaço
Receio,
e não quero o teu abraço...
Pensar
o quanto desejei abraços!
Mas
o teu Não, e, às vezes Sim, e, agora, Talvez...
Porque
o que vem de ti não é de vez,
É
para Ti glorioso roubar Existência
Tu,
que sempre atormentaste minh´essência,
E
morri, e vivi, e morro e ressuscito e volto a morrer(...)
Nesta
dor, pensando o abismo, contínua luta,
Que
me cansa e minha consciência disputa;
Não-ser,
Não
quero o teu aceno, viver em pleno,
Ás
vezes Sim, e, agora, Talvez,
Meu
coração esteja sereno (...)
Ofélia
cabaço
2016-08-01
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