segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Não-ser,

O medo que me aperta,
Num susto que me torna incerta,
Momento brumoso, vácuo renovado
De tristeza e lágrimas, choro cansado...

Impiedoso, assim de repente,
Conduz a razão e minha mente
O medo, tenebroso e absurdo e escuro...
Que me obriga encontrar o que não procuro,

Dentre as coisas no tempo e no espaço
Receio, e não quero o teu abraço...
Pensar o quanto desejei abraços!
Mas o teu Não, e, às vezes Sim, e, agora, Talvez...

Porque o que vem de ti não é de vez,
É para Ti glorioso roubar Existência
Tu, que sempre atormentaste minh´essência,

E morri, e vivi, e morro e ressuscito e volto a morrer(...)
Nesta dor, pensando o abismo, contínua luta,
Que me cansa e minha consciência disputa;

Não-ser,
Não quero o teu aceno, viver em pleno,
Ás vezes Sim, e, agora, Talvez,
Meu coração esteja sereno (...)

Ofélia cabaço
2016-08-01






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