sábado, 20 de fevereiro de 2016

Morte

Semideusa ou deusa
à morte julgo...
Seja nada e do nada que é Nada,
Antes da Existência foi Nada...
A morte existente, subtilmente calada,
atenta no espaço, e ao tempo da ceifa
se enrola na matéria como uma regueifa,
No instante em que graça generosidade
ao enfermo sofredor, e ao espírito, liberdade!

Morte...
Caminho vácuo para a luz do eterno
Recomeço da vida antes nossa,
aonde as gentis almas não sabem abandono
Premente tanto, no compasso de espera...
Morte...
Velha, curvada e não cansada
À dor assiste pela hora desgarrada...

Ofélia Cabaço

2016-02-20



Sem comentários:

Enviar um comentário