sábado, 6 de fevereiro de 2016

Ilha das Flores

Num sonho que não existiu em matéria,
e que eu vi, existente em quimera
Um príncipe com olhar florentino
Uma princesa ansiosa d´amor libertino

Uma ilha solitária, florida e tanto,
Vozes roucas, distantes, sacudiam tragédia,
E o mar, diluindo no ar som e tormento,
embalava o soçobrar do meu talento...

Borboletas roxas dançavam em paralelo
e a luz mansa e pálida em cada dia...
Lugar onde não há vãs promessas
aonde as Constelações são nossas,

Ansiando e pensando ao que vinha
disfarcei um ai e mágoa minha,
Sorvi néctar, comi terra e bebi mar,

Como a primavera tímida espreita o Inverno
entrei de mansinho, vivi a ilha das flores
e fui Astro, e fui Lua e fui Sol fraterno...
Lá, onde o paraíso se reflete de encantos e amores;

Ofélia Cabaço
2016-02-05



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