sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Os Sonhos...

Os sonhos revestem a minha vida,
Que seria de mim sem sonhos?
Não os desejo realizáveis…, pois
Perderiam a sua essência;
Às vezes, sinto, sonhando acordada,
Que uma chama quase cinza, esquecida
Bem no fundo da minh´alma, cintila,
Ilumina e veste com rubros botões
A razão da minha vida…
Os sonhos não se ensinam,
Não têm arquétipos…
Porque não se contam a ninguém,
Se contássemos não seriam só nossos
Os sonhos…
Vagueiam na minha consciência, e,
Nas noites sofridas cheiram a alecrim,
Jasmim e açúcenas...,
Afastam de mim o mundo da dor,
Dos medos e da solidão, os sonhos!
A alma dos meus sonhos é a minha alma
Deixa-me ser eu, liberta como as águas
Das nascentes…;
Ajuda-me a correr com o vento e a beijar
A terra,
Exclui-me do mundo das marionetas
E deixa-me ser eu, lava, mar e rocha…

Ofélia Cabaço
2014-09-25

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