terça-feira, 30 de setembro de 2014

Lua Morna

Neste fim de tarde, morna está a lua
Fatigada de ilusões e romantismos
Parece dizer-me que não sou tua…
À revelia dum inesperado aforismo,
Quase me esqueci que te espero…
As árvores deixam cair suas folhas
Como um combate renovado
Assim está minh´alma despida,
Descrente duma luz fulgurante
O nosso mundo, quimera inusitada
Não impede, por mim, que eu peça
Ao rouxinol para te segredar o meu amor
Infinito e puro como o batismo dos poetas
Procurarei as cores e o seu Pintor
Perscrutarei os desenhos que nos dizem
O que as cores escondem…
Encontrarei a tua face, os teus olhos
Beijarei a tua boca…
Serás para sempre o Vulto do Amor,
Quando depois do Amor, nada mais vem!
Serás Primavera nos Invernos, Sol, Lua,
Chuvas e as madrugadas que batem à minha janela.

Ofélia cabaço

2014-09-30

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