Perscruto o “eu” de mim…
A consciência volitiva
apela à minha memória
Com ligeireza de arroio e
sorriso tranquilo,
Sinto e revejo a minha
história….
…Ondas batidas pela fúria
do mar
Uvas e silvas, figos e
catos
Tão pequenina a minha mão!
Brinco com hortenses
azuis,
Imagino uma porta no
horizonte
Que disfarçada de deus
terreno
Ilumina o meu espírito nas
tardes cálidas
E modela o meu coração de
menina
Com expressão de Ventura e
Justiça
Alma minha com miríade de
existência
Alimentada com favos de
mel
E onde a dor se acomoda
teimosamente…
A minha história…
A solidão e o silêncio a
meu lado,
Nos céus fadas brancas correm,
e,
De um lado ao outro,
cavalos e palácios…
E eu, tão pequenina!
Sentada no alpendre de
minha casa
Entretida com sonhos e
quimeras…
A minha história….
Minha consciência já com
rugas
Deleita-se com liberdade e
transparência,
Tranquilamente me chama e
sorri,
E o vento e a chuva e o Sol
e a Lua,
Sussurram ao meu ouvido a
Paz eterna!
Ofélia Cabaço - 2012-09-12
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